IFC Amazônia consolida a região Norte como foco para expandir a produção de pescados brasileira

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Com mais de 40 horas de palestras, workshops e debates e público de mais de 4,5 mil participantes ao longo de três dias, foi encerrada no dia 05 de dezembro a primeira edição do IFC Amazônia, em Belém. O sucesso do evento confirmou as expectativas e já foi anunciada a realização da segunda edição em novembro de 2024, também na capital paraense.

O congresso internacional contou com especialistas da área de pesquisa, do setor produtivo e de instituições públicas e financeiras, para apoiar o desenvolvimento da pesca e aquicultura na Amazônia, visando expandir a produção de pescado com sustentabilidade. O Ministro da Pesca, André de Paula, que destacou o foco que o país busca dar para a região. “A Amazônia tem um enorme potencial e uma vocação para a sustentabilidade, com geração de empregos e o setor da pesca cumpre um papel importante. O IFC é um grande evento, já bastante conhecido e tinha que estar e chegar aqui na Amazônia, que é tão importante para o desafio que temos de transformar o enorme potencial do nosso país para a pesca e aquicultura em realidade, com sustentabilidade”, destaca.

Avaliação positiva - Para Altemir Gregolin, presidente do IFC Amazônia e ex -ministro da Pesca, um dos pontos altos do evento foi reunir, entre expositores, especialistas e público, toda a diversidade da cadeia do setor produtivo da pesca, além da grande participação demonstrada pelos números. “Nossa avaliação é extremamente positiva. Tivemos aqui cerca de 70 expositores, 4.540 inscritos, que é um número recorde. Foram mais de 80 conferencistas, 40 horas de conteúdo, de palestras nos vários auditórios e dez países participantes, além da maior audiência online de todos os eventos”, apontou Gregolin.

Para ele, a primeira edição é só o começo de uma série, já que foi definida a continuidade do IFC Amazônia anualmente. “Percebemos a necessidade desse tipo de encontro. O IFC é um evento focado no setor produtivo, com um congresso muito robusto, bem alinhado às necessidades do setor e do mercado e com uma feira de tecnologias e negócios.Tivemos empresas de outras regiões que conheceram e estão muito interessadas em investir aqui, ainda mais sabendo que no Pará temos uma lei, assinada pelo governador, que regulamentou a lei da aquicultura, que dá segurança jurídica ao investidor”, destacou.

A CEO da Expo Fish e uma das organizadoras do IFC Amazônia, Eliana Panty, reforça que a intenção do evento é movimentar ainda mais a cadeia do pescado na região amazônica. “Tivemos uma procura muito grande pelo pacote de conhecimento e tecnologia que trazemos com o evento. Outra coisa que a gente vê é um horizonte muito promissor economicamente e socialmente também, que é a oportunidade da produção. Aqui tem terra, aqui tem água, aqui tem grãos para o peixe de produção. A proteína vinda da água é a mais sustentável, é a mais viável economicamente hoje e ela é pulverizada em todo o território”, afirmou Panty.

“Temos na Amazônia o litoral, mas também os grandes leitos de rios, os reservatórios das usinas hidrelétricas e ainda temos os tanques superficiais, onde numa pequena propriedade é possível tirar toneladas de proteína que não seriam possíveis com outras espécies animais”, completou. Conforme destacou Panty, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que a proteína de base do pescado vai alimentar o mundo nos próximos 30 anos “Boa parte dessa produção virá dos cultivos de espécies e não da captura. Então, isso sinaliza que o Pará está no lugar certo, está na hora certa e esse evento mostra que tem muita gente interessada”, reforçou.

O titular da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz, destacou a possibilidade ampla de diálogo que o evento proporcionou. “O IFC 2023, no Pará, foi extremamente importante e podemos confirmar isso pela presença de milhares de pessoas, palestrantes internacionais, países vizinhos presentes e convidados especiais que conhecem o mercado, em uma discussão ampla”, ressalta.

Queiroz também enfatizou o potencial de produção sustentável do Pará. “Também pudemos discutir o potencial do estado do Pará para ampliar a produção na aquicultura e a possibilidade de chegar ao agricultor familiar de forma a fazermos a bioeconomia efetiva, ou seja, produzir sem degradar e recuperando ambientes degradados”, pontua.

Participantes elogiam diferentes atividades da programação

O Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia ficou bastante movimentado desde domingo (3), com o congresso internacional que reuniu mais de 80 especialistas no auditório principal e dezenas de estandes na Feira de Negócios e Tecnologia, com empresas, instituições e universidades apresentando inovações e iniciativas para desenvolver a aquicultura e a pesca na Amazônia.

O espaço também foi ocupado pelo Corredor do Sabor, com exposição e venda de produtos com Indicação Geográfica (IG) do Pará e outras start-ups que têm na Amazônia seus principais insumos e inspirações. Outro ponto alto que atraiu grande público foram as aulas-show com pratos que levam pescado, preparados por seis chefs locais: Edvaldo Caribé Costa Filho; Antônio Comaru; Lucilene Gonçalves Torres; Wagner Vieira; Nazareno Alves e Fábio Sicília.

A pescadora artesanal Marilda da Costa, moradora de Salinópolis (PA), veio ao IFC para aprender mais sobre a pesca na região. “É a primeira vez nesse evento e estou achando muito bom. Viemos domingo e só vamos embora quando acabar. A gente sobrevive da pesca, é muito importante valorizar os pescadores, tem gente que nem conhece os nossos próprios peixes, eu mesma conheci muitos peixes que eu nunca tinha visto”, revela a pescadora.

Para a estudante de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Letícia Ludvig, o IFC Amazônia foi uma oportunidade única de aprofundar conhecimentos durante as palestras, conhecer iniciativas de empresas locais na área de aquicultura e fortalecer contatos. "Estou me formando e é importante conhecer mais as possibilidades do mercado de trabalho. Ainda mais quando estamos num evento como esse, que vai fomentar ainda mais o setor e gerar investimentos para alavancar nosso potencial aqui na Amazônia", avalia a estudante, que participou dos três dias do IFC Amazônia.

Realização e apoio - O IFC Amazônia é realizado pelo IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil, tendo a Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação) com co-realizadora. O evento tem o patrocínio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco da Amazônia S.A, Banpará (Banco do Estado do Pará)e Norte Energia (Usina Hidrelétrica Belo Monte). Tem o apoio do Governo do Estado do Pará; SEDAP (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca); MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura); ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados); PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura); FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura); Sistema FAEPA/Senar; FEPA (Federação dos Pescadores do Pará) e SINPESCA (Sindicato das Indústrias de Pesca dos Estados do Pará e Amapá).

Correalização

Conbep Fundep

Patrocínio

Sebrae Norte Energia Faepa Fiepa Governo do Pará Banpará Banco da Amazônia BNDES Caixa Ministério da Pesca

Expositor

Amapá Bragança Nutriforte Real Fish Unama Tilápia Leather Codem Tocantins Ceará Imeve Multipesca Deyu Beraqua Moncoc Butiá Lonas Induscava Raguife Trevisan Integral Mix CBPA Braspeixe Aquaplus Governo do Pará Grupo Reicon

Corredor do Sabor

Palha Amazônica Delícias da Amazônia Tapioca do Zezinho Filha do Combu Meu Garoto Amz Tropical Manioca Amazfruta Blaus Gaudes

IFC Bio Fashion - Unama

Brilho da Mata Unama HB Design Luxamazon Amazônia Zen Lilia Lima Costa Amazônia AFW Jalunale Ludimila Heringer Amazônia Kama Madame Floresta

IFC Bio Fashion - Estácio

Reciclarte Moda Paraense Manos e Manas Estácio Fap Guajajartess Alcimara Braga

Apoio Institucional

Faepa Abipesca Peixe BR