Com o tema "Produção de pescado para uma Amazônia sustentável", o IFC Amazônia abriu sua no dia 23 de abril, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA). O evento, que ocorreu simultaneamente ao XXIII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca (Conbep), reuniu uma ampla agenda voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva do pescado, sustentabilidade e inovação tecnológica na região amazônica.
A programação, que se estendeu até o dia 25 de abril, incluiu o Congresso Internacional de Aquicultura e Pesca, a Feira de Tecnologias e Negócios, o Simpósio Internacional de Aquicultura Ornamental e Aquariofilia, apresentações de trabalhos científicos, o Inova Água – com participação de startups ligadas à aquicultura – e a sexta edição do Encontro Mulheres das Águas.
Destaques dos painéis:
1. Painel de abertura: Tendências globais e oportunidades para a Amazônia
O primeiro dia foi marcado pelo painel “Tendências em relação ao mercado mundial de pescado, oportunidades e estratégias para a região Amazônica”, que contou com a participação de Audun Lem, diretor adjunto da divisão de pesca e aquicultura da FAO, que apresentou uma análise global sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas e a demanda por segurança alimentar. Alexander Turra, da USP e Cátedra Unesco, destacou a necessidade de políticas públicas sustentáveis e valorização da biodiversidade aquática brasileira.
2. Mercado e estratégias para o pescado amazônico
No segundo painel, “Mercado e suas perspectivas: desafios, estratégias e a criação de uma marca para o pescado da Amazônia”, especialistas como Manoel Xavier Filho (Embrapa), Victor José Soares (Amazon) e Eduardo Ono (CNA) debateram a integração de políticas públicas, logística e marketing para posicionar o pescado regional em mercados nacional e internacional. Jéssica Levy, nutricionista, reforçou os benefícios do consumo do pescado amazônico para a saúde.
3. COP 30 e o protagonismo da pesca e aquicultura
O terceiro painel, “Expectativas e estratégias do Brasil na COP 30 e como a pesca e a aquicultura podem ser protagonistas”, discutiu a inclusão do setor na agenda climática global. Eduardo Sfloglia (Ministério da Pesca) e Bruno Abaurre (Itamaraty) destacaram a importância de alinhar o desenvolvimento sustentável da Amazônia aos pilares da COP 30: ambição climática, inclusão social e implementação prática de soluções. José Carlos Lima da Costa (BNDES) abordou oportunidades de financiamento para projetos na região.
Resultados e legado:
O IFC Amazônia 2024 consolidou-se como uma plataforma estratégica para articulação entre ciência, mercado e políticas públicas, reforçando o papel da Amazônia na produção sustentável de pescado. Durante os três dias, participantes de diversos setores trocaram experiências, estabeleceram parcerias e discutiram caminhos para impulsionar a aquicultura regional com responsabilidade socioambiental.
Agradecemos a todos os participantes, palestrantes e organizações que contribuíram para o sucesso deste evento.