IFC Amazônia: Quatro mil congressistas discutem sustentabilidade da cadeia do pescado

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Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, participou da abertura oficial neste domingo

Com mais de quatro mil inscritos, iniciou no domingo (03.12) a primeira edição do IFC Amazônia. O evento reúne todo o setor da aquicultura e pesca da região amazônica com o objetivo de discutir a sustentabilidade através das águas, principalmente com a produção de pescados. O congresso internacional recebe mais de 80 palestrantes do Brasil, apresenta feira de negócios e tecnologia e o Corredor do Sabor, um espaço para produtos regionais e aulas-show com chefs locais. O evento segue até a terça-feira (5), com inscrições gratuitas, que podem ser feitas no site do evento, onde também consta a programação completa: www.ifcamazonia.com.br

A solenidade de abertura contou com a presença do Ministro da Pesca, André de Paula. Em Belém, o representante do Governo Federal destacou que a sustentabilidade da cadeia produtiva do pescado é um dos caminhos que colocam o Brasil como uma das potências de produção de proteína animal com preservação da floresta. A escolha da capital paraense como sede da primeira edição do IFC Amazônia está no contexto não só do potencial da região, mas também do protagonismo que a Amazônia tem conquistado no cenário internacional, uma vez que irá sediar a Conferência das Partes (COP-30) da ONU em 2025.

“A Amazônia tem uma enorme vocação para a sustentabilidade com geração de empregos, e o setor da pesca cumpre este importante papel. O IFC é um grande evento, já bastante conhecido e tinha que chegar aqui na Amazônia, que é tão importante para o desafio de transformar em realidade o enorme potencial do nosso país para a pesca e a aquicultura, com sustentabilidade”, destaca.

O governador Helder Barbalho, que está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos para a COP 28, enviou mensagem em vídeo para o evento. “Agradeço a escolha de Belém, que com esse evento é também a capital nacional da pesca. Desejo um excelente evento a todos, para discutirmos alternativas e formas de desenvolver mais a pesca e a aquicultura no nosso Estado e na Amazônia. Estamos aqui na COP 28 justamente discutindo maneiras de desenvolver mantendo a floresta viva”, disse.

Para o presidente do IFC, Altemir Gregolin, a escolha de Belém como local da primeira edição do IFC na Amazônia demonstra o olhar atento do setor de todo país para o potencial da região e a capacidade de produzir com sustentabilidade. “Esse evento tinha que ser no Pará pelo seu histórico produtor e pelos investimentos que vem fazendo para enriquecer a cadeia produtiva, mostrando que é muito mais vantajoso e saudável para a manutenção da floresta em pé investir na piscicultura, em tanques de criação de peixe. Esse tipo de produção ajuda a preservar a Amazônia”, ressalta.

O titular da Secretaria de Estado da Agropecuária e da Pesca do Estado do Pará. (SEDAP), Giovanni Queiroz, reforçou que o potencial da Amazônia e do Pará para a aquicultura e a atividade pesqueira deve colocar o Estado num maior protagonismo no setor, com mais investimento e apoio aos produtores, gerando renda e emprego. “Estamos focados em políticas e ações de apoio ao pequeno, médio e grande produtor. É um esforço conjunto para transformar e restaurar a floresta, a Amazônia”, diz.

Pesquisadores e especialistas discutem vocação amazônica para o pescado

O evento iniciou logo pela manhã, com painéis técnicos e especialistas de diferentes países que integram a bacia amazônica, além de debates sobre a demanda por pescado no cenário internacional e linhas de crédito e financiamento para a atividade.

Por videoconferência, o vice-diretor de Pesca da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Audun Len, destacou a alta demanda mundial para a produção de pescado. Na mesa seguinte, representantes de instituições e empresas do Peru, Colômbia, Equador e Bolívia apresentaram perspectivas para a produção sustentável na aquicultura e pesca com responsabilidade social, mostrando experiências exitosas desses países.

A manhã encerrou com outro painel internacional, discutindo desafios e estratégias para ampliar o acesso ao mercado nacional e internacional do pescado amazônico, com participação de representantes de empresas do Peru, Uruguai e Estados Unidos.

O período da tarde foi marcado por palestras técnicas de pesquisadores que atuam no setor pesqueiro e aquícola, com apresentações sobre o potencial da bioeconomia e debates sobre carbono e as oportunidades para a aquicultura. A rodada de painéis encerrou com representantes de instituições de financiamento e crédito para a atividade, como BNDES, Banco da Amazônia, entre outras.

Mercado - Na área da Feira de Negócios e Tecnologia, o público presente no congresso conheceu iniciativas de empresas, instituições, universidades e órgãos públicos voltadas para a sustentabilidade da cadeia produtiva do pescado.

Outro espaço que tem chamado a atenção dos presentes é o Corredor do Sabor, que reúne empresas e startups que atuam na região amazônica com inovação e sustentabilidade. Na Cozinha Show também estão acontecendo as aulas comandadas por chefs locais, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem).

Entre os produtos apresentados estão aqueles que possuem registro de Indicações Geográficas (IG), além de outros que estão demandando o reconhecimento. As 4 IGs do Pará já reconhecidas e registradas junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) são: Tomé-Açu para o produto cacau; Terra Indígena Andirá Maráu para o produto waraná e bastão de waraná (guaraná); Marajó para o produto queijo; e Bragança para o produto farinha de mandioca. O corredor também será uma vitrine para produtores com potencial para futuras indicações, como o chocolate, da ilha do Combu; o mel, do nordeste paraense e o açaí do Pará. Saiba mais

As aulas de gastronomia com insumos e pescados amazônicos ocorrem nos três dias de evento, em duas sessões, iniciando às 15h e às 16h30. Comandam o fogão os chefs Edvaldo Caribé Costa Filho e Wagner Vieira ( domingo), Lucilene Gonçalves Torres e Nazareno Alves ( segunda) e Antônio Comaru e Fábio Sicília ( terça). Saiba mais

Realização e apoio - O IFC Amazônia é realizado pelo IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil, tendo a Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação) com co-realizadora. O evento tem o patrocínio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco da Amazônia S.A, Banpará (Bando do Estado do Pará)e Norte Energia (Usina Hidrelétrica Belo Monte). Tem o apoio do Governo do Estado do Pará; SEDAP (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca); MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura); ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados); PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura); FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura); Sistema FAEPA/Senar; FEPA (Federação dos Pescadores do Pará) e SINPESCA (Sindicato das Indústrias de Pesca dos Estados do Pará e Amapá).

Correalização

Conbep Fundep

Patrocínio

Sebrae Norte Energia Faepa Fiepa Governo do Pará Banpará Banco da Amazônia BNDES Caixa Ministério da Pesca

Expositor

Amapá Bragança Nutriforte Real Fish Unama Tilápia Leather Codem Tocantins Ceará Imeve Multipesca Deyu Beraqua Moncoc Butiá Lonas Induscava Raguife Trevisan Integral Mix CBPA Braspeixe Aquaplus Governo do Pará Grupo Reicon

Corredor do Sabor

Palha Amazônica Delícias da Amazônia Tapioca do Zezinho Filha do Combu Meu Garoto Amz Tropical Manioca Amazfruta Blaus Gaudes

IFC Bio Fashion - Unama

Brilho da Mata Unama HB Design Luxamazon Lilia Lima Amazônia Zen AFW Costa Amazônia Jalunale Ludimila Heringer Amazônia Kama Madame Floresta

IFC Bio Fashion - Estácio

Reciclarte Moda Paraense Manos e Manas Estácio Fap Guajajartess Alcimara Braga

Apoio Institucional

Faepa Abipesca Peixe BR